segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Dia da Consciência Negra – 20 de Novembro

Dia Nacional da Consciência Negra  é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra.

A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. O Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar da resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte de africanos para o solo brasileiro (1549).
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade.
Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos.

Alguns de nossos negros herois.

ZUMBI DOS PALMARES
Zumbi dos Palmares
Zumbi foi o grande líder do quilombo dos Palmares, respeitado herói da resistência antiescravagista. Pesquisas e estudos indicam que nasceu em 1655, sendo descendente de guerreiros angolanos. Em um dos povoados do quilombo, foi capturado quando garoto por soldados e entregue ao padre Antonio Melo, de Porto Calvo. Criado e educado por este padre, o futuro líder do Quilombo dos Palmares já tinha apreciável noção de Português e Latim aos 12 anos de idade, sendo batizado com o nome de Francisco. Padre Antônio Melo escreveu várias cartas a um amigo, exaltando a inteligência de Zumbi (Francisco). Em 1670, com quinze anos, Zumbi fugiu e voltou para o Quilombo. Tornou-se um dos líderes mais famosos de Palmares. "Zumbi" significa: a força do espírito presente. Baluarte da luta negra contra a escravidão, Zumbi foi o último chefe do Quilombo dos Palmares.
HENRIQUE DIAS
Henrique Dias
 Há pouca documentação sobre Henrique Dias, um dos heróis negros da luta contra os holandeses. As informações só começam a aparecer, em 1633, quando ele se apresentou ao general Matias de Albuquerque “para servir com alguns de sua cor em tudo o que lhe determinasse”, tornando-se o capitão do grupo e recebendo a patente de governador dos crioulos, negros e mulatos do Brasil.

Sabe-se que nasceu em Pernambuco, mas não se conhece a data do seu nascimento. Também não se sabe se nasceu escravo ou liberto, nem quem foi sua mulher. Não teve filhos homens, mas quatro filhas, duas das quais se chamavam Guiomar e Benta.

Sua primeira ação militar foi a defesa do Engenho São Sebastião, quando contou  com a ajuda de vinte negros e de outros capitães, e onde recebeu o primeiro dos seus 24 ferimentos lutando contra os holandeses. Num desses ferimentos sua mão esquerda teve que ser amputada.

Travou combates com os holandeses em Pernambuco, Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte, não perdendo sequer uma batalha. Tomou parte, entre outras, nas batalhas das Tabocas, de Casa Forte, quando defendeu o engenho de Dona Anna Paes, de Cunhaú e dos Guararapes. 

Henrique Dias estabeleceu-se numa estância no contorno do Recife e da cidade Maurícia (atual bairro de Santo Antônio) que, segundo os documentos, era a mais próxima dos inimigos. Ficava tão perto dos holandeses que, às vezes, o duelo não era com bala e sim com palavras de desafio e injúria. Da sua estância realizou várias investidas importantes contra os batavos. O local foi atacado diversas vezes pelos flamengos, porém eram sempre rechaçados..

Foi-lhe concedida por Dom João IV, a comenda dos Moinhos de Soure, da Ordem de Cristo, que estava vaga por morte de Antônio Felipe Camarão, que já a possuía desde 1641.

Passou seus últimos anos em Pernambuco, morrendo em extrema pobreza no dia 7 ou 8 de junho de 1662, no Recife, sendo enterrado por conta do Governo, no Convento de Santo Antônio, em local desconhecido.


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