segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A VELHA

ROZANE CAMARGO VON CEEHASUL

Eu vi uma mulher velha
À porta de uma velha casa
A casa não era dela
Nem ela era da casa
Quem visse a velha
À porta da casa
Não saberia que a casa
Não era da velha
Ela pensava na vida
Enquanto a vida passava
Com a mão segurava o queixo
E sobre a vida matutava
Enquanto a vida passava
A velha mais velha ficava
Não sei quantos anos tinha
Mas de uma coisa eu sei
Se você parar pra pensar
O bicho vai te pegar.

Poesia na Escola-Coletânea de Poesias
SME - Prefeitura do Rio de Janeiro -2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário