segunda-feira, 24 de outubro de 2011

SALA DE LEITURA FREDIMIO TROTTA

UMA HISTÓRIA QUE ESTÁ FAZENDO SUCESSO ENTRE OS ALUNOS...

"A BONEQUINHA PRETA",história escrita por Alaíde Lisboa de Oliveira.


Era uma vez uma bonequinha preta , que morava em uma linda casinha branca com Mariazinha . As duas brincavam o tempo todo, e até dormiam juntas quando estavam cansadas.
Todos os outros brinquedos dormiam em outros lugares, pois Mariazinha queria sempre a sua boneca junto. Mas, o que ela não sabia, era que as bonequinhas não dormem como as meninas, aquele tempo todo, sem ver o mundo aqui fora. Eram diferentes das meninas e meninos de verdade em muitas coisas.
Mesmo assim, ensinava à sua bonequinha preferida tudo o que aprendia com a mamãe: tomar banho, escovar os dentes, trocar roupas limpas, e tudo mais.
Naquele dia, quando foi dormir um pouquinho depois do almoço, explicou direitinho à bonequinha preta que ela não deveria subir sozinha na janela:
- A janela é muito perigosa! A criança pode cair lá fora e nunca mais voltar para casa. Papai disse que precisa ter gente grande perto sempre que a gente quiser ir à janela.
Mariazinha pensou que a bonequinha tivesse entenddido tudo muito bem, como sempre. Então dormiu sossegada...
A bonequinha preta também começou a dormir mas, ... uma voz diferente, forte e interessante entrava pela janela trazendo uma novidade que ela não conhecia:
- Verdureiro, verdureiro!
O que será isso, pensou a bonequinha. Mariazinha , que sempre sabia tudo, estava dormindo e não podia contar nada sobre verdureiros, que deviam ser seres novos e sensacionais! Ela precisava ver!
Talvez seja isto: um cara todo verde!
Ou quem sabe isto: alguém saindo assim do verde.
Ela nunca tinha visto um.
- Verdureiro, verdureiro!
Ir ou não ir só um pouquinho na janela? A dúvida passou rapidinho e logo ela já estava lá, tentando olhar tudo. Ela não queria cair, mas estava difícil ver. Subiu só mais um tantinho e tibum!caiu lá embaixo!
Por sorte, o verdureiro estava passando bem na hora, e a bonequinha caiu em cima das verduras fofinhas de seu grande cesto. Ela era tão levinha que ele nem percebeu e continuou andando pelas calçadas com seu canto:
- Verdureiro, verdureiro!
Passou por várias ruas onde a bonequinha preta nunca tinha ido, cada vez mais longe...
Então o verdureiro decidiu voltar para casa, pois já era tarde. Entrou pela garagem escura, sem ver a bonequinha assustada que estava ali. E subiu as escadas para chegar em casa, largando o cesto no chão.

A bonequinha preta começou a chorar, de tanto medo que estava daquele lugar estranho e escuro. Cair da janela assim tinha sido uma grande besteira, e Mariazinha não ia gostar nada de ter sido desobedecida. Então chorou e chorou mais ainda, sem nenhum consolo...
Nenhum?
Um gatinho que ia passando por ali ouviu aquele choro tão doído e ficou com muita pena da bonequinha. Tentou fazer gracinhas para ela sorrir, mas não deu certo.
- Então, o que posso fazer por você?
- Não sei, eu fui olhar só um pouquinho na janela, sem saber. Ela disse para eu não ir sozinha, e agora perdi minha linda dona!
- Talvez eu possa ajudar. Os gatos passeiam pela noite, e se você me contar como é sua casa, talvez eu a encontre.
- É uma linda casinha branca, com janelas azuis, e uma menina dentro, que deve estar muito triste agora.
E assim, o gato saiu pelas ruas à noite, procurando a casa certa. Procurou, procurou e...
Encontrou uma linda casinha branca, com janelas azuis, e uma linda menina que chorava muito.
-Vamos lá buscar sua bonequinha preta que caiu no cesto do verdureiro!
E lá foram os dois.
Quando chegaram, foi aquele abraço! Toda a choradeira passou e as duas se prometeram nunca mais se separar. Voltaram juntas para casa mas, na hora de se despedir do , ficaram com tanta pena, que o convidaram a morar com elas na linda casinha branca. Ele gostou muito da idéia.
Assim, a história acaba com todos felizes, merecendo no fim um ponto de alegria bem grande!

Autora:
Alaíde Lisboa natural de Lambari (MG), onde passou a infância e a adolescência. Integrante da Academia Mineira de Letras, a professora tornou-se, em 1950, a primeira vereadora de Belo Horizonte. Na UFMG, lecionou Didática Geral e Especial. Foi também diretora do Colégio de Aplicação da Universidade e vice-diretora da Faculdade de Educação (FaE), onde organizou o mestrado da área. Atuou como professora da pós-graduação na FaE e na Faculdade de Medicina, dedicando-se à disciplina Metodologia do ensino superior.






Professora Lenice Belo,com uma matrícula é Diretora Adjunta e acumula na segunda matrícula a Sala de Leitura na escola.

Sugestões de atividades:

Ao final da história você pode procurar saber das crianças o que elas mais gostaram,o que não gostaram,se mudariam alguma coisa na história, o que aprenderam com ela.Você pode começar a trabalhar algumas questões a partir daí,como os nossos valores,o amor, o egoísmo, a questão de sermos diferentes com relação a cor,mas que somos todos iguais.Trabalhe o respeito ao próximo,a amizade,a obediência aos pais,etc...
Fazer com os alunos um mural com desenhos da bonequinha preta.
Montar um quebra cabeça da bonequinha,fazer colagens, dobraduras,pintura a dedo,modelagem,alinhavo...
Fazer uma bonequinha de pano com os alunos ou deixar que eles façam e vistam roupinha nela.


Outros livros trabalhados com os alunos que despertaram para o tema Africa no Brasil
( a influência da cultura Africana no cotidiano brasileiro)

O menino Marrom - Ziraldo
Menina Bonita do Laço de Fita - Ana Maria Machado

Um comentário:

  1. Gostei muito desse livro. Certamente, vou adquirir um exemplar para nossa biblioteca particular. Meu filho, o Thales, vai gostar dele, com certeza.
    "O menino Marrom" e "Flicts" são dois dos preferidos de Thales.
    Meu nome é Paulo Toledo e fui aluno desta escola na década de 1970. Sugiro a criação de um perfil no Facebook, no qual pudéssemos criar uma rede de ex-alunos, professores e funcionários. Sou da época da diretora Yolanda Curvello e fui aluno das professoras Maria Emília, Marly, Sheila e Juana Ana Tugores Novo, respectivamente, de 1976 a 1979, no antigo Primário.
    Obrigado pelo blog. Foi muito bom "rever" o espaço e lembrar daquela época boa.
    Um abraço,
    Paulo Toledo.
    http://facebook.com/psicologopaulotoledo

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